quarta-feira, fevereiro 10, 2010

sobre mudanças.

Sabe, tem hora que eu gosto tanto de pensar em mudanças.
Ok, uma hora a gente tem que crescer, amadurecer, e tal. Mas nossa, não consigo jamais me imaginar do mesmo jeito que eu era aos 15 anos, ainda que mais madura.
Tem certas decisões que a gente toma na vida que realmente causam grandes mudanças.
E eu posso dizer, que essas decisões, pra mim, só trouxeram ótimas mudanças. Me fizeram uma pessoa muito melhor.


P.s.: Tem post ali embaixo falando das minhas dúvidas sobre o que fazer no vestibular, e tá, eu tô indo pro 3º período de Arquitetura, feliz e contente. Eu devia atualizar mais isso aqui.
Tá Marina, voltando às aulas você enjoa de escrever de novo.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

O poder do álcool.

Só depois de trabalhar como garçonete num bar por uma noite é que eu me dei conta de como as pessoas se tornam engraçadas quando estão bêbadas.
Quer conhecer uma pessoa 'a fundo'? Sai pra beber com ela. Aquela famosa frase 'o álcool entra e a verdade sai' é a mais pura verdade, tridestilada.
Sob efeito do álcool, você faz coisas que nunca faria se estivesse sóbrio. Do tipo, conversa com pessoas que você conheceu na fila do banheiro, e em minutos vocês se tornam melhores amigas e estão trocando confidências. Toma pinga com mel num buteco, e sai de lá falando em espanhol com as pessoas na rua (holaquetal?). Conversa em alemão com a sua amiga, sendo que nenhuma das duas sabe uma palavra em alemão (?). Não lembra como chegou em casa quando acorda às 7h da manhã sentada no vaso. Dorme na mesa do bar. Dança créu velocidade 5 na frente de professores, ou sai pelas ruas dançando a dança do quadrado. Chora abraçada na sua cachorra. Liga pras pessoas no meio da madrugada, ou manda mensagens indecifráveis. Mosha escutando Sistem of a Down dentro de um carro. Mosha no meio de Under my Umbrella no show do NxZero. Aprende a sambar no meio de poças de lama, e nunca mais esquece. Fica meia hora conversando com a mãe da sua amiga, e depois não lembra sobre o que. Sai do Muzik às 6h da manhã, e resolve ver o sol nascer antes de ir pra casa. Você abre sua vida pras pessoas, e realmente faz amigos. Entre outras coisas que realmente não dá pra falar aqui.
Você pode até se arrepender de algumas coisas que faz, mas certamente, você se diverte.
Um brinde ao álcool!

Obra de duas bêbadas vendo o sol nascer.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Com toda sinceridade, se eu soubesse que a minha vida ia virar esse inferno depois que eu passasse no vestibular, eu não teria me esforçado.
Talvez eu tenha menos dor de cabeça se eu cancelar minha matrícula na federal, e enquanto dá tempo, aproveitar a bolsa integral que eu consegui no CES.
Aí eu só me preocuparia com o dinheiro pro material. Não teria que mendigar dinheiro pra almoçar no RU. E ainda teria aula só de manhã, com a tarde livre pra poder tentar arrumar um emprego, e parar de depender dos outros.

Definitivamente, a única família que eu tenho é minha mãe. E mais ninguém.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Ela.

Quando eu fico sozinha em casa, é ela que me faz companhia.
É ela que tira uma sonequinha no meu colo assistindo novela no meio da tarde.
Ela é que me ajudava a dar uma relaxada no intervalo das minhas tardes de estudo.
Quando saiu o resultado do vestibular, ela é que tava do meu lado, e foi a primeira a comemorar comigo.
É ela que me dá beijinho e abraço toda hora.
É ela a única que me faz rir mesmo nas piores situações.
Quando eu chegava em casa mal, era com ela que eu chorava minhas mágoas.
Ela é a única que me entende mesmo sem eu falar nada.
É ela que me escuta a qualquer hora.
E pra tudo isso, ela só exige umas coçadinhas na barriga, que eu jogue a bolinha pra ela ir buscar, e um pedacinho do que eu estiver comendo.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Sobre passar no vestibular.

Então, a pedidos da Isabella, e devido a minha extrema falta do que fazer, aqui estou eu, pra escrever sobre: passar no vestibular!

Você faz seu primeiro vestibular, cheio de esperanças de nunca mais ter que voltar a estudar química, ou biologia. Mas aí, você não passa. Todos dizem que 17 anos ainda é muito cedo pra entrar na faculdade, que você vai ganhar experiência, e blablabla. Tudo bem, mas a sua sensação não é essa. A sensação é de um ano perdido, e no meu caso, acompanhado de um extremo mal humor, de ter que aguentar um ano de cursinho, com os mesmos professores, as mesmas piadinhas, o mesmo material. Mas sim, eu admito, que no 3º ano eu não estudei o suficiente, fui mais uma a se dar mal com a ilusão de que passar pelo PISM é muito mais fácil. É fácil, sim, pra quem tem pontos sobrando, e pra quem não viu o ponto de corte do seu curso subir 30 pontos (ou algo assim, fiz questão de esquecer).

Alguns amigos passam, outros desistem, e vão direto pras particulares. E como eu não tive opção, voltei pro Opção (hãn hãn, entendeu o trocadilho?), pra tentar mais uma vez. Um ano extremamente estressante, cansativo, chato. Os professores entravam na sala, começavam a falar, e eu quase tinha um troço de pensar em estudar aquelo tudo de novo (exceto algumas matérias que eu realmente gostava de estudar, claro). Meus finais de semana tinham que ser realmente bons pra eu conseguir sobreviver à semana seguinte, ou o meu mal humor matinal era triplicado.

Então, depois de um loooongo ano, de muito terrorismo dos professores, da pressão dos pais, e etc e tal, chega o dia do vestibular, e você passa da 1ª fase. Dá aquele gás extra pra continuar revisando tudo direitinho pra 2ª fase, suas esperanças aumentam, e você quase morre de cansaço, só de já estar vendo a linha de chegada. Aí você faz a 2ª fase, e entra de f-é-r-i-a-s. Se esbalda, bebe até cair, vai jogar sinuca em plena segunda-feira, dorme até meio-dia, passa as tardes assistindo Mulheres Apaixonadas, fica acordada até 5h da manhã. E aí sai o resultado.

Sai o resultado, e você passa. Nunca mais estudar hormônios, enzimas, reações, pilhas, eletrólise, Álvares de Azevedo, correntes marítimas, revolução gloriosa, tipos de clima, eletrostática, função semântica... é uma sensação maravilhosa! É um ano que no início você acha que vai ser desperdiçado na sua vida, e que no final vale muito à pena (não, eu não sei usar crase). Dá vontade de sair gritando pro mundo: OI, EU PASSEI NO VESTIBULAR!
Veteranos e futuros colegas te adicionam no orkut, sua família te coloca em um pedestal, você sai pra comemorar 4 dias, e todos os brindes são em homenagem as aprovações (eu não sei usar crase MESMO), os veteranos que você conhece te fazem ameaças a respeito do trote. Você faz questão de organizar todo o seu material de cursinho pra dar um fim naquilo, descobre a quantidade enorme de papel que você gastou durante o ano, dá uma folheada nas apostilas, e só consegue lembrar do que estava acontecendo na sua vida naquela época, a matéria parece estar escrita em grego. Chega o dia da matrícula, você conhece alguns veteranos que literalmente escrevem na sua testa que você é caloura, conhece alguns futuros colegas super legais, e futuros calouros seus, também (essa é a parte boa de passar pro primeiro semestre), e volta pra casa super feliz com os seus horários de aula, e seus montes de papéis com 'instruções' sobre a sua nova vida de universitário.

Aí você volta pra casa, começa a contar os dias pras suas aulas começarem, dá graças a Deus de não ter passado pro segundo semestre, e não precisar ficar seis meses sem fazer nada (eu ia escrever à toa, mas eu realmente vou desistir de tentar usar crase). Você quer sair, mas tem que economizar dinheiro pro trote, sem contar que você acaba esquecendo que a maioria das pessoas não está mais de férias,

Aí você fica realmente irritado de ficar à toa (droga, crase de novo!) em casa, e começa a fazer coisas que não gosta, como escrever um texto gigantesco¹, só pra contar sua trajetória até se tornar caloura de Arquitetura e Urbanismo da UFJF!




P.s.¹: Marina tem um blog, mas chegou à conclusão de que odeia escrever, só gosta de ler. Por isso ela só escreve quando realmente não tem nada pra fazer; e isso também a ajudou a descartar a possibilidade de tentar Comunicação.

terça-feira, novembro 04, 2008

Sobre amigos que vão pra longe.

Então, eu nunca tinha tido que me acostumar com a ausência de amigos que se mudam de cidade. E esse ano isso me aconteceu três vezes!
Mesmo mantendo o contato pela internet, o convívio frequente faz muita falta.

Primeiro foi aquela de Governador Valadares, que apesar de mal ter um ano de convivência comigo, era como se fosse amiga de infância. Saudade de quando eu ainda ia pro Muzik sóbria, e passava na casa dela antes de ir; de ficar vendo vídeos idiotas no youtube; de ficar andando pelas ruas tomando guaraná natural, e dando boas risadas com as coisas engraçadas que ela diz; de ficar comentando sobre pessoas alheias... e tal.

Depois foi aquela amigona desde a sétima série, que tava sempre junto comigo. Pra tudo. Minha melhor amiga, eu diria (se é que aos 18 anos ainda existe o conceito de 'melhor amiga'). Que me ligava à toa, pra falar sobre nada, mesmo que a conversa fosse preenchida por silêncios eloquentes, por pura falta de assunto; que me acompanhava em qualquer balada, mesmo sabendo que ia acabar segurando vela; que me apoiou em tudo que eu quis fazer, e que tava do meu lado quando eu tava mal. Sinto falta de quando ela me chamava pra ir na rua à tarde, mesmo sabendo que eu, ao contrário dela, não passei no vestibular, e uso as minhas tardes pra estudar. Acho que essa é a que eu mais sinto a ausência.

E logo em seguida foi aquele meu amigo mala do terceiro ano, que no início só me enxia o saco, mas que acabou se transformando no meu confidente, e meu melhor amigo homem. Aquele que apesar do jeito desbocado, de falar tudo que vem à cabeça, (quase) sempre me entendia. Sinto falta de quando eu entrava na sala de aula depois do intervalo, dava um sorrisinho pra ele, e ele já entendia que tinha acontecido alguma coisa que eu queria contar, e sentava comigo nas últimas carteiras pra me escutar; e de quando ele me ajudava, pra eu não falar merda. E apesar de ter sido só no último mês dele em Juiz de Fora, sinto falta também das saídas improvisadas, todas divertidíssimas, por sinal.

Mas eu sei, que ainda existe uma chance de a Ingrid passar no vestibular da UFJF, sair de Governador Valadares de novo e voltar a morar aqui. E como minha colega de faculdade, eu espero.

Sei que em alguns finais de semana eu ainda posso colocar as fofocas em dia com a Andréa, quando ela vem nos visitar, e também nas férias. Fico feliz em saber que ela conseguiu atingir um objetico, que era a faculdade de cinema da UFF.

E sei, que algum dia o senhor Rafael Puime ainda vai vir de BH pra me visitar, pra ir pro Muzik comigo, e pra cuidar de mim de novo caso eu exceda certos limites.


Alguns amigos se vão, outros novos surgem... e quem sabe algum dia eu não me habituo com isso?

terça-feira, julho 29, 2008

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Nunca diga 'te amo' se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém se não quiser vê-lo se derramar em lágrimas por causa de ti.
A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você quando você não pretende fazer o mesmo.

Mário Quintana